Realizou graduação em Letras Português e Espanhol na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Atualmente, cursa Doutorado no Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Em 2017, concluiu o Mestrado Acadêmico pela mesma instituição. Foi professor voluntário da UFTM em 2017, ministrando as disciplinas de Análise do Discurso e Linguística Aplicada. Em 2015, também atuou como docente do curso de Pedagogia da Universidade de Uberaba. Suas pesquisas buscam investigar processos discursivos implicados pela enunciação na rede social Facebook. Além disso, mais atualmente, tem se interessado pela interface entre discurso e cognição distribuída na análise desse mesmo objeto observacional. 



E-mail: breno.r.rezende@hotmail.com

LINK DA DISSERTAÇÃO: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/20170

LATTES: http://lattes.cnpq.br/9421864825470804

ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1909-3967



PROJETO DE PESQUISA EM ANDAMENTO

Orientadora: Dra. Fernanda Mussalim

Título: Uma abordagem cognitivo-discursiva do Facebook: em pauta os bate-bocas da página Quebrando o Tabu

Resumo: Nesta pesquisa, busco sustentar que há um dispositivo comunicacional (MAINGUENEAU, 2006; 2010; 2013; REZENDE, 2017; 2019) que “dispara” e gerencia a enunciação de uma página pública da rede social Facebook – a Quebrando o tabu – e que é possível reler a categoria de dispositivo à luz da teoria da Cognição Distribuída (HUTCHINS, 1995a; 1995b; 2000). Essa abordagem assume que a cognição se manifesta por meio de um sistema que congrega a interação entre sujeitos e desses sujeitos com artefatos cognitivos implicados pela realização de tarefas humanas. Na releitura que proponho, analisar o dispositivo comunicacional como um artefato cognitivo-discursivo significa compreendê-lo como partícipe de um sistema cognitivo-distribuído que compõe, com a interação entre sujeitos que comentam a página de Quebrando o tabu no Facebook, os inputs para a realização de um único output: a instauração de bate-bocas nos comentários da página. Por sua vez, esses bate-bocas podem ser descritos e analisados segundo o conceito de pré-discurso postulado por Marie-Ane Paveau (2013). De acordo com essa autora, os pré-discursos são quadros coletivos de saberes, valores, crenças e práticas que alimentam os discursos e propiciam que eles sejam produzidos e interpretados. Da perspectiva da pesquisa, analisar os bate-bocas por meio do conceito de pré-discurso tem se mostrado como uma forte evidência da possibilidade de se considerar a noção de dispositivo comunicacional como uma ferramenta cognitiva, em função da qual há distribuição de informações necessárias para a instauração de bate-bocas em comentários de Quebrando o tabu, permitindo que a abordagem descreva um funcionamento cognitivo-discursivo da enunciação na rede social Facebook. Cumpre destacar que a pesquisa se encontra em fase final de análise e revisão. 

Palavras-chave: Argumentação 

Referências

HUTCHINS, E. Cognition in the wild. Massachusetts: MIT Press. 1995a. 395p.

______. How a cockpit remembers its speeds. In: Cognitive Science. v. 19. n.3. 1995b. p. 265-288.

______. Distributed cognition. San Diego: IESBS University of California. 2000. 10 p.

MAINGUENEAU, D. Mídium e discurso. ______. Análise de textos de comunicação. 6 ed. Trad. Cecília P de Souza-e-Silva. São Paulo: Cortez Editora, 2013. p. 81-92.

______. O quadro genérico. In: ______. Discurso literário. São Paulo: Editora Contexto, 2006. p. 229-246.

______. Hipergênero, gênero e internet. In: ______. Doze conceitos em Análise do Discurso. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. p. 129-138.

PAVEAU, M. A. Os pré-discursos: sentido, memória e cognição. Tradução de Costa e Massmann. Campinas-SP: Pontes Editores, 2013.

REZENDE, B. Hipergênero e sistema de hipergenericidade: análise do funcionamento discursivo do Facebook. Uberlândia: Universidade Federal de Uberândia, 2017 (Dissertação de Mestrado).

______. Do gênero ao hipergênero, do hipergênero ao sistema de hipergenericidade: um estudo sobre o funcionamento discursivo do Facebook. In: Domínios de Lingu@gem. Uberlândia: 2019.