CED - Círculo de Estudos do Discurso
Universidade Federal de Uberlândia - UFU/CNPq
Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos - PPGEL
Dr. Lucas Martins Gama Khalil
Doutor
Lucas Martins Gama Khalil é professor do Departamento de Letras Vernáculas da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Possui graduação em Letras (Licenciatura em Português e Literaturas de Língua Portuguesa), mestrado e doutorado em Estudos Linguísticos (Universidade Federal de Uberlândia-UFU). Orienta projetos de iniciação científica na graduação em Letras e dissertações de mestrado no Programa de Pós-Graduação Mestrado em Letras da UNIR. Coordena, atualmente, o grupo de pesquisa Núcleo de Estudos em Análise do Discurso e Ethos - NEADE, certificado pelo CNPq desde 2020; e é membro do Círculo de Estudos do Discurso - CED, da UFU. Suas pesquisas se fundamentam na Análise do Discurso, especialmente a partir dos conceitos de ethos discursivo, cenografia e interdiscurso.
E-mail: lucas.khalil@unir.br
LATTES: http://lattes.cnpq.br/5480323509113727
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5690-3271
LINK DA TESE: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/18764
ARTIGO RELACIONADO:
https://revistas.gel.org.br/estudos-linguisticos/article/view/661/1075
LINK DA DISSERTAÇÃO:
https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/15447
PROJETO DE PESQUISA EM ANDAMENTO
Título: Uma dimensão ‘gentílica’ para o ethos: ser ou não ser rondoniense/nortista e a imagem do enunciador no discurso político-eleitoral.
Resumo: A pesquisa tem como objetivo analisar o discurso político-eleitoral em Porto Velho e Rondônia (nas últimas três eleições), a fim de compreender como os diferentes modos de constituir a relação de pertencimento à localidade atuam na legitimação da imagem de enunciador. A cidade e o estado em foco tiveram um aumento populacional muito recente (sobretudo, a partir da década de 1980) e, com isso, grande parte da classe política é constituída por indivíduos não nascidos na região, o que com frequência produz uma tácita divisão entre os natos e os “estrangeiros” (numa leitura negativa) ou “desbravadores/pioneiros” (numa leitura positiva). A partir da pesquisa, uma possível contribuição ao quadro teórico em que ela se inscreve é problematizar o fato de Dominique Maingueneau (2020) apontar “americano” como um exemplo da dimensão categorial, enquanto “estatuto extradiscursivo”. No caso em que o local de nascimento (ou de vivência por longo tempo) é posto em cena pelo enunciador para legitimar sua fala, tal funcionamento resumir-se-ia à delimitação de um estatuto extradiscursivo, como ocorreria a partir da identificação de um estereótipo do “americano” (ou do rondoniense/nortista)? E esse funcionamento equivale ao dos outros “estatutos extradiscursivos” citados pelo teórico, como os ligados a profissão (ethos de professor, por exemplo)? Espera-se que questionamentos como esses possam fomentar contribuições teóricas que considerem especificidades pertinentes ao discurso político-eleitoral em questão, mas também a outros objetos de pesquisa em que o “gentílico”, por assim dizer, seja um elemento reivindicado pelo enunciador na constituição do ethos discursivo. Outra questão teórica pertinente a esta pesquisa relaciona-se à hipótese de que, no discurso político-eleitoral rondoniense, a marcação da relação com a cidade (de proveniência, nascimento ou vivência) se configura como um “tema imposto” (MAINGUENEAU, 2008) aos posicionamentos que entram em disputa. A pesquisa integra o plano de trabalho de pós-doutorado (supervisionado pela Drª. Fátima Cristina da Costa Pessoa - UFPA) vinculado ao projeto “Diásporas Amazônicas: língua, cultura e educação sob o signo da diversidade”, aprovado no âmbito do PROCAD Amazônia - Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (edital de 2018), e que tem a Universidade Federal de Rondônia - UNIR como instituição proponente, por meio do Programa de Pós-Graduação Mestrado Acadêmico em Letras, em parceria com programas de pós-graduação de outras duas instituições: UFPA e UNEMAT.
Palavras-chave:
Referências:
MAINGUENEAU, Dominique. Gênese dos discursos. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
MAINGUENEAU, Dominique. Variações sobre o ethos. São Paulo: Parábola Editorial, 2020.